terça-feira, 22 de novembro de 2011

DECIMO PRIMEIRO DIA 22.11.2011




Já sabendo que encontraríamos chuva, vento e frio por uma grande parte do caminho, partimos de Esquel as 9 hs rumo a Comodoro Rivadavia, conhecida como cidade dos ventos. Tanques de gasolina reserva cheios, pois estaríamos cruzando uma região onde rodaríamos com o risco de não encontrar gasolina, rodamos mais que 600 Km e não houveram problemas de abastecimento.



A rodovia e boa e estava em excelentes condições, pouquíssimos buracos em alguns trechos, nada que tenha incomodado ou causado qualquer problema. Varias trocas de cenário mesclando vegetação, montanhas, rochas e varias criações de cavalo, gado e ovelhas. As ovelhas por serem pequenas estavam presentes ao longo da rodovia, passavam pelas cercas (quando existiam) mas sempre na parte de baixo do acostamento. Por longos trechos, embora estivéssemos atentos pudemos observa-las em bando ou sozinhas.



Em um posto de gasolina encontramos dois argentinos que estavam indo rumo a Ushuaia pelo caminho de ripio, a famosa Ruta 40, mais conhecida como Carreteira. Do ponto que nos encontramos eles seguiram para o sul enquanto nos fomos para o lado do oceano, onde iniciaremos nossa descida pelo litoral. Nossa opção e mais longa no entanto evitamos o ripio, que pelo que já vi rima com arrepio.

Eles estavam com motos pequenas, uma Honda Falcon e outra Yamaha 250, reclamaram dos ventos e mencionaram que um dos amigos que estava junto havia sofrido um acidente em função de uma rajada de vento em Bariloche e decidiu retornar para Buenos Aires, Um deles também caiu e raspou a moto em algumas partes quebrando inclusive o parabrisa (Falcon). Se eles reclamam do vento, imagine nos... talvez eles tenham esta percepção por estarem com motos bem leves, oque pode ser uma vantagem no ripio torna-se uma desvantagem no vento. Neste próximo final de semana ocorrera um encontro de motos em Ushuaia e vários são os grupos que estão a caminho.

Paramos após 400 km em uma cidade chamada Gobernador Costa, já eram 14 hs e tínhamos receio de achar algum local aberto, pois a cidade e muito pequena. Conseguimos localizar



um pequeno estabelecimento familiar, e para nossa surpresa fomos muito bem recebidos pelo dono, ele já havia trabalhado em São Paulo e tem uma filha que mora no Rio, onde ele vai sempre.


A hospitalidade já e mostrou presente quando nos convidou a colocar as motos na garagem, desta forma escapamos da chuva e pudemos deixar as motos sem retirar os equipamentos que usualmente não deixamos quando paramos na rua. Ate hábitos locais já estou me acostumando, e isto me preocupa!

Ate que estou gostando deste MATE!!!! Qualquer semelhanca, digo que aprendi com os gauchos. 
Apos um longo almoço, saímos rumo ao ultimo trecho, faltavam ainda 200 km e a chuva nos acompanhou por mais 150 Km, o tempo esquentou próximo aos 15 graus ante os 4 – 5 de nossa partida pela manha.

Chegamos em Comodoro Rivadavia, uma cidade grande que vive da extração de petróleo e também portuária. Amanha estaremos indo rumo ao sul e pela consulta do clima já sairemos daqui com roupas de chuva e prontos para mais vento, desta vez ao lado do oceano, onde devemos sofrer mais ainda com isto. Estamos na expectativa de parar em algum local para tentar visualizar as baleias, com suas famosas aparições mais ao sul nesta época do ano.





As motos estão indo bem e não houve mais necessidades de reparos, nossa previsão de efetuar troca de óleo e filtro em El Calafate esta dentro do planejado. Talvez também efetuemos a manutenção nos filtros de ar (limpeza) face as condições de cinza vulcânica que pegamos em Bariloche, não fizemos ainda pois a media tem se mantido como antes, acreditamos que a cinza não afetou os filtros pelo pouco tempo de exposição.

Mais uma vez, jantar regado a vinho com frutos do mar, também a beira mar... merecido...


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